5G
Reprodução/TV Globo
As operadoras Claro, Vivo e TIM registram instabilidade no sinal de internet por conta do vendaval que atingiu a cidade de São Paulo na quarta-feira (10). Clientes relataram que, além da falta de luz e de água em várias regiões, houve quedas no sinal de 4G e 5G.
A falha no sinal de internet foi confirmada pela Conexis Brasil Digital, associação que representa as operadoras Claro, Vivo, TIM, Oi, Algar Telecom e Sercomtel.
“Clientes de algumas regiões da cidade de São Paulo podem ainda enfrentar instabilidade nos serviços de telecomunicações devido à ventania que atinge a cidade, causando quedas de árvores e o desabastecimento da rede de energia por tempo prolongado”, disse a associação.
Segundo a Conexis, “equipes seguem atuando para restabelecer o serviço no menor tempo possível, assim que os pontos afetados sejam liberados e a energia restabelecida pela concessionária”.
Veja os vídeos que estão em alta no g1
A instabilidade gerou muitas reclamações de clientes que, sem energia para acessar a internet fixa, contavam com o sinal de internet móvel.
“Ao que tudo indica, os ventos levaram o 5G da cidade de São Paulo”, disse uma usuária nesta quinta-feira (11). “4G e 5G lamentáveis num dia em que São Paulo está um caos”, disse outro, na quarta-feira (10).
Como quedas de energia afetam 4G e 5G?
Um dispositivo que se conecta a redes como 4G ou 5G depende da presença de uma torre de internet (ou estação rádio-base). Em caso de queda de energia, essa estrutura pode ser até mais prejudicada que o serviço de internet fixa, explica Thiago Ayub, diretor de tecnologia da Sage Networks.
“Todas as estações têm bateria para suportar as primeiras horas de falta de energia e eventuais oscilações de rede, mas diante de uma falta prolongada de energia, elas pararão de funcionar”, afirma.
A saída seria instalar geradores de energia em todas as torres, o que é inviável para as operadoras, diz Ayub.
O 5G, por exemplo, exige muito mais antenas do que o 4G, o que exigiria alto investimento para manter os geradores. Além disso, as operadoras teriam restrições para instalá-los no topo de prédios, onde as antenas estão, devido ao ruído e à vibração nesses edifícios, diz Ayub.
“Com prolongados apagões, é esperado um gradiente em que, aos poucos, o serviço de internet móvel fique progressivamente instável e degradado com o menor número de estações rádio-base energizadas provendo o serviço”, completa.
No caso da internet fixa, as operadoras são menos impactadas por quedas de energia porque seus equipamentos são armazenados em centrais distantes dos clientes, afirma o especialista.
“É mais fácil equipar esses locais com geradores e manter o serviço funcionando durante blecautes prolongados”, afirma.
Por isso, em alguns casos, clientes com geradores de energia em casa podem continuar usando a rede de internet fixa.